Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
MOVIMENTO ESTUDANTIL: CONSTRUÇÃO E RECONHECIMENTO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Pedro Henrique Luz de Oliveira, Margarete Costa Santos, João Antônio Brito Porto

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


Apresentação: Em um contexto de ensino fragmentado e tecnicistas das escolas de saúde, o pensamento crítico em relação a produção de cuidado e os seus entraves, distanciam-se das salas de aula. Neste cenário o movimento estudantil surge como importante espaço para instigar e habilitar a capacidade reflexiva e crítica dos estudantes no que se refere ao trabalho em saúde e sua relação com as questões políticas e sociais da atual conjuntura, uma vez que possibilita o debate e o amadurecimento dos seus participantes enquanto sujeito/profissional que busca as transformações políticas-sociais. Este relato de experiência tem por objetivo apresentar as vivências do Centro Acadêmico de Enfermagem (CA) na construção de debates da III Semana de Enfermagem, idealizada conjuntamente entre a gestão Motirõ no Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal da Bahia e a coordenação do colegiado do curso, sob a perspectiva de refletir qual o ensino desejado e como isso auxilia na construção da formação e do posicionamento do enfermeiro/a crítico e sua prática nos serviços de saúde. Desenvolvimento do trabalho: A academia ainda se apresenta retrógrada em muitas discussões e tendem a ignorar alguns debates importantes para a habilitação dos profissionais de saúde.  Percebendo tal contexto e a necessidade de abrir espaço para a capacitação e sensibilização dos estudantes, o CA e demais organizadores articularam minicursos e mesas redondas na semana de enfermagem para a produção de encontros que possibilitassem um novo olhar dos acadêmicos frente a promoção da saúde de grupos invisibilizados socialmente ao longo de anos dentro e fora do meio universitário, como a população LGBT, população negra. Resultados e/ou impactos: Reafirmamos que o fazer em saúde é um ato político, sendo indispensável o pensamento crítico e reflexivo frente às nossas ações enquanto profissionais. Somos protagonistas na transformação social e política que almejamos. A semana de enfermagem fez com que ocorresse uma apropriação das pessoas com os temas propostos fazendo com que reconhecessem a necessidade de compreenderem melhor acerca de diferentes do outro, além de levantar um questionamento acerca da formação do profissional enfermeiro pelas universidades destacando se realmente são abarcados todos as populações e suas particularidades, para que possamos fazer valer o princípio da equidade, garantido o direito à saúde. Considerações finais: Evidenciamos que um movimento estudantil dotado de valores formados através dos movimentos sociais populares, as lutas são incorporadas aos debates do CA de enfermagem, que se reconhece como agente transformador e formador de opiniões afirmando assim um lugar de voz, pela busca de espaço e reconhecimento, fazendo valer o direito de fato.


Palavras-chave


enfermagem; centro acadêmico; movimento estudantil