Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-26
Resumo
Apresentação: A doação de órgãos é um ato que ainda enfrenta diversos empecilhos na sua aceitação por grande parte da população, que influencia diretamente no número de doadores e de transplantes. Concomitantemente, isto se deve a diversos fatores tais como: - características culturais, falta de informação e temores. Assim, diante deste cenário, esse trabalho tem por objetivo descrever a implementação de práticas de educação em saúde voltadas para a sensibilização da doação de órgãos. Desenvolvimento: Este estudo de campo, descritivo, do tipo relato de experiência foi realizado em setembro de 2017 pelos discentes e docentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará, campus XII, em uma comunidade rural do interior da Amazônia. Os dados observados envolveram: idade, dúvidas frequentes e número de pessoas com interesse em ser doador de órgãos. Neste estudo, estes dados, foram adquiridos através da observação das pessoas presentes nas ações e serviços de educação e saúde que estavam em uma instituição de ensino público da comunidade. Os critérios éticos utilizados seguiram em conformidade a resolução 466 de 2012. Resultados e/ou impactos: A temática de doação de órgãos foi implementada através de educação em saúde junto a 70 pessoas que aguardavam atendimento, foi possível observar que a maioria das pessoas com idade inferior a 28 anos demonstrava maior interesse e aceitabilidade com a temática e que pessoas com idade variando de 29 a 70 anos demonstraram menos interesse e aceitação. As questões que foram levantadas com maior frequência envolviam aos mecanismos legais de legitimação da vontade de doar órgãos, como se dava a doação de órgãos e quais os órgãos podiam ser doados. O interesse de se tornar doador de órgãos foi demonstrado verbal por 16 pessoas. Considerações finais: Doação de órgão é uma prática que apresenta grande potencialidade para salvar vidas, e que contudo é constantemente cercada por preconceitos e pouca aceitabilidade. Portanto, foi possível perceber que a aceitabilidade a esta prática sofre muito com medos, incertezas e mitos presentes entre a população e, que os saberes e práticas voltadas para a sua desmistificação podem desempenhar papel satisfatório na aceitação das pessoas quanto a esta temática e no número de doadores e transplantes.