Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A INTERSECCIONALIDADE ENTRE GÊNERO E DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: uma análise no campo da educação inclusiva no Brasil
RAIMUNDO DOS SANTOS BEZERRA BEZERRA, JOSÉ DAMIÃO TRINDADE ROCHA ROCHA

Última alteração: 2018-01-22

Resumo


O presente estudo é parte da dissertação que será apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação/UFT e, consiste na análise de contexto sobre gênero e deficiência a luz do modelo social.  O trabalho faz uma descrição da deficiência em termos sociológicos e revela que a lesão é algo recorrente no ciclo da vida humana, especialmente em razão do envelhecimento  populacional. Com isso, pretende-se mostrar que a deficiência é um conceito complexo que, além de reconhecer o corpo com lesão, denuncia a estrutura social que aparta do convívio social a pessoa deficiente. A narrativa é um convite à reflexão; uma provocação ao autismo social e governamental adiante da emergência da diversidade de estilos de vida.  Aborda estudos históricos e sociais sobre a pessoa com deficiência e as mudanças ocorridas ao longo do tempo nas concepções de educação e cuidado do deficiente. Parte-se uma descrição com base historiográfica buscando contextualizar o assunto desde as primeiras iniciativas no século XVI até o presente.  O objetivo é descrever o processo histórico de delimitação e conceituação da deficiência e seus pressuposto a luz da historiografia e dos aspectos sociais subjacentes a deficiência. Abordaremos a dimensão histórica e social da deficiência interseccionando com a temática de gênero, identidade e diferença numa perspectiva da educação inclusiva. É importante considerar que os estudos de deficiência tem avançado no Brasil como um marcador de diferença a partir dos teóricos Estadunidenses e do Reino Unido num nível semelhante aos estudos de gênero. O  modelo social da deficiência analisa as desigualdades de poder no campo da deficiência que, não são resolvidas por ajustes sociais e que, somente princípios da ordem das obrigações morais serão capazes de proteger a vulnerabilidade e dependência experimentadas por muitos deficientes. O que se almeja é o cuidado como um dos princípios éticos ordenadores da vida coletiva. Cabe frisar que o estudo retrata a busca e a proposição de formas alternativas em meio escolar, consistindo na necessidade de inclusão da diversidade de  expressões humanas, uma vez que não se trata de diferenciar para demarcar divisões de possibilidades e impossibilidades, pois se aborda no mundo social a diversidade da condição humana.

 


Palavras-chave


Gênero, Deficiência e Educação Inclusiva