Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A importância do vínculo afetivo mãe/filho no tratamento de crianças com câncer sob a ótica da equipe de enfermagem
Antonia Regiane Pereira Duarte, Dayane de Cássia Dias Sousa

Última alteração: 2017-12-05

Resumo


O câncer infantil traz para a vida dos familiares um universo desconhecido, causando sofrimento, instabilidade e medo, pois o câncer é uma doença com o prognóstico incerto, principalmente em relação à criança. Assim, o presente estudo vem abordar sobre a importância do vínculo afetivo mãe/filho no tratamento de crianças com câncer sob a ótica da equipe de enfermagem, buscando analisar a percepção da equipe de enfermagem, sobre os benefícios do convívio familiar no tratamento da criança com câncer. Sendo assim, o trabalho mostra-se de grande relevância para a comunidade cientifica, uma vez que auxiliará na compreensão da relação terapêutica e afetividade, proporcionando ao profissional de enfermagem elementos que podem direcionar mais precisamente as ações de apoio e suporte que envolvem a assistência prestada em oncologia pediátrica. O estudo delineia-se como pesquisa de campo, de natureza exploratória com uma abordagem qualitativa, desenvolvida na Clínica Pediátrica de um hospital público no interior da Amazônia. Tendo como público alvo os profissionais de enfermagem atuantes no setor de oncologia pediátrica. O universo do estudo foi de 24 profissionais, que após implementado os critérios de inclusão e exclusão obteve-se como amostra um quantitativo de 17 participantes. Os dados foram coletados no período de agosto a setembro de 2017 por meio de entrevista semiestruturada, através de questionário contendo 6 perguntas de cunho objetivo e subjetivo, relacionada aos objetivos propostos. Os profissionais foram abordados no próprio setor em estudo nos períodos matutino, vespertino e noturno, em momentos que não comprometessem suas atividades profissionais. Os resultados mostram que dentre os profissionais da equipe de enfermagem atuantes na Clínica Pediátrica, aqueles com nível técnico se destacam frente aos que possuem nível superior. Quando questionados sobre sua percepção quanto a companhia familiar que a criança sentia-se mais segura, 100% dos entrevistados afirmaram ser na companhia de sua genitora que o menor demonstra maior segurança. A criança tem memória da figura materna como um ser protetor, passando a tê-la como referência para situações em que se sinta desprotegida. Ao serem questionados a respeito de qual familiar se mostra mais comprometido e atuante na evolução do tratamento do câncer na criança, 80% dos entrevistados apontam que a mãe mostra maior comprometimento com o tratamento proposto. Os entrevistados acreditam que o vínculo mãe/filho contribui na recuperação da criança com câncer. Os profissionais de enfermagem asseguram que orientam e incentivam a participação das mães na assistência que é prestada a criança. Diante dos fatos conclui-se que a equipe de enfermagem valoriza e apoia a presença de um familiar durante o tratamento da criança, e ainda apontam a mãe como peça principal deste processo. Ressalta-se que pesquisas neste sentido contribuem para o aprimoramento da percepção do profissional em relação a atuação do vínculo mãe/filho no tratamento do câncer, propiciando reflexões e discussões entre os profissionais que atuam na área oncológica. Assim, sugere-se que os profissionais de enfermagem estejam engajados em contribuir com mais pesquisas voltadas a essa temática, seja como pesquisador ou como pesquisado.


Palavras-chave


Oncologia; Relações Familiares; Enfermagem Pediátrica