Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PARA PROMOVER SAÚDE
TACIANE MELO SOUSA, TAÍS RANGEL CRUZ ANDRADE, RODRIGO TOBIAS SOUSA LIMA

Última alteração: 2017-12-06

Resumo


Apresentação: Trata-se de uma reflexão acerca das potencialidades da educação popular em saúde no campo da promoção de saúde. Objetivo: Fomentar a educação popular como ferramenta de promoção da saúde. Desenvolvimento: Este resumo é fruto de um estudo realizado para a conclusão da disciplina de educação e promoção em saúde do curso de mestrado em saúde pública acerca das contribuições da educação permanente e educação popular em saúde no âmbito da atenção básica. Resultados: A crescente inserção de abordagens educativas na saúde pode ser entendida como resultado das características desse eixo: o forte apelo social (participação) e a valorização da problematização e da intersetorialidade, que são pensadas e construídas a partir dos conceitos individuais e coletivos dos grupos sociais acerca da produção de saúde. Dessa forma, são possíveis a inserção dos determinantes sociais da saúde, as especificidades que permeiam as condições de vida dos envolvidos e as concepções de saúde e doença. A elaboração de propostas resolutivas e praticáveis na saúde instiga o vínculo entre os espaços pertencentes a essas realidades (socioeconômicos, políticos, ambientais, educacionais, culturais, laborais, etc…), oportunizando uma gama de ações que corroboram com a qualidade de vida. O destaque estratégico para o gancho na utilização da educação popular se dá por meio do encorajamento à participação ativa do usuário na sua aprendizagem e prática, aumentando seu poder de consciência acerca das suas possibilidades e necessidades de saúde. A consideração das singularidades culturais individuais ou coletivas e a parceria com os diversos sujeitos envolvidos no fazer saúde são inerentes nessa modalidade. O trabalho com grupos e a utilização dos círculos ou rodas de conversa são métodos essenciais de trabalho pois trazem a saúde para dentro da realidade das pessoas. Benzedeiras, rezadeiras, parteiras, líderes comunitários, professores de capoeira e pajés são atores sociais importantes que podem em âmbito coletivo influenciar na melhora de saúde através dos seus feitos para a comunidade. Esse contexto transdisciplinar e por vezes complexo, refere-se ao poder de interação, troca e aquisição de novos saberes dentro de uma dinâmica construtiva, criativa e possível da educação em saúde. Nela, o uso das metodologias ativas é o trunfo para o desenvolvimento da conscientização dos sujeitos implicados, pois favorece o processo de aprendizagem dos usuários e dos profissionais, podendo até nesse último caso adquirir um formato amplo, capaz de converter o ambiente de trabalho em um lugar de atuação crítica, reflexiva e compromissada em modificar a forma de cuidar e de ensinar saúde através de maneira horizontalizada e interdisciplinar, deslocando o ensino para além das práticas de saúde. Considerações finais: Um dos principais desafios para a educação em saúde é pensar em uma pedagogia dinâmica que facilite a contínua construção de sujeitos auto-determinados, conscientes das suas potencialidades na vida individual, coletiva e capazes de atuar de forma transformadora. Tamanho desafio requer empenho e aprimoramento frequentes dos profissionais de saúde, só assim exploraremos as potencialidades da educação popular em saúde em prol do empoderamento e qualidade de vida dos indivíduos.

 


Palavras-chave


Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Participação da Comunidade