Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A segurança do paciente na doação de sangue: avaliação sorológica pré transfusional
Erika Luci Pires de Vasconcelos, Benisia Maria Barbosa Cordeiro Adell, Joelma de Resende Fernandes, Lucca da Silva Rufino, Caroline de Souza da Conceição, Alice Damasceno Abreu

Última alteração: 2021-12-17

Resumo


Contextualização do problema: A doação de sangue, no Brasil e no mundo, desde tempos bem remotos é marcada por tentativas de curar doenças, pelo desenvolvimento e apropriação de tecnologias, normas bem como a lei, orientando principalmente  a prevenção e propagação de agentes infecto-contagiosos. A Portaria Nº158 de fevereiro de 2016 redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Para se ter segurança dos componentes sangüíneos a serem utilizados em transfusões, parâmetros de qualidade devem ser seguidos. A hemoterapia é divida em três períodos: o pré-histórico inicia com a descoberta da circulação sanguínea pelo médico britânico William Harvey, no início do século XVII. O momento pré-científico, de 1616, até o início do século XX, quando o pesquisador austríaco Landsteiner descobre o grupo sanguíneo ABO. O terceiro período, a era científica, que se inicia com a descoberta de Landsteiner, chegando até os dias atuais. A segurança transfusional é um conjunto de medidas quantitativas e qualitativas que buscam um menor risco aos doadores e receptores de sangue, e a certeza de estoques capazes de atender às demandas existentes. A segurança inicia-se com a captação e seleção de doadores, seguindo-se a triagem clínica e sorológica e imuno-hematológica, processamento e fracionamento das unidades coletadas, dispensação, transfusão e avaliação pós transfusional.  Objetivos:Apresentar as normas, leis e procedimentos de segurança para a transfusão sanguínea. Fomentar o interesse dos estudantes de Enfermagem e população pela doação de sangue. Sensibilizar e fidelizar novos doadores.  Atividades: Trata-se de um estudo de revisão de literatura, em bases de dados acadêmicos brasileiros, descritores: segurança do paciente, hemotransfusão e saúde, realizado pelos estudantes do curso de graduação em Enfermagem do Projeto de Extensão Doe Sangue e Vida. Resultados: A transfusão sanguínea auxilia pacientes em situações de emergência e urgência médicas ou doenças crônicas. É obrigatória a realização de exames laboratoriais de alta sensibilidade a cada doação, para detecção de marcadores para as seguintes infecções transmissíveis pelo sangue: sífilis, doença de Chagas, hepatite B, hepatite C, AIDS e HTLV I/II. Fator relevante segundo o estudo é a omissão na triagem clínica de informações consideradas íntimas como número de parceiros sexuais, utilização de drogas ilícitas, dentre outras, hábitos de vida. O processo de doação de sangue possui uma série de exigências legais para que se concretize. A segurança do paciente no que diz respeito a quando for positivo para as doenças triadas, onde o doador é encaminhado aos serviços de referência para atendimento específico da sua região, é inserido na rede para acolhimento e tratamento.  Este deve ser consciente, fornecendo informações confiáveis durante a triagem clínica, destaca-se o cuidado com a saúde para se tornar um doador potencial. As políticas públicas e a qualidade científica ressaltam que o foco central é o paciente. Em 1980, cria-se o Programa Nacional de Sangue e Hemocomponentes (Pró-Sangue) com a finalidade de regularizar a situação da hemoterapia brasileira. Surgem os Centros de Hematologia e Hemoterapia – os hemocentros. Entre os muitos desafios, objetiva implantar a doação sistemática de sangue, pondo fim à doação remunerada.

Palavras-chave: Hemotransfusão;Segurança do paciente;Epidemiologia.