Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-01-27
Resumo
Introdução: A sepse é uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por resposta imune exacerbada a uma infecção. A septicemia pode ser causada por organismos que alterem as funções orgânicas ,resultando em um desequilíbrio e a resposta generalizada, uma hipotensão e falência de órgãos. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica na SAE em uma criança em tratamento de sepse. Descrição da experiência: Realizado por acadêmicas na graduação em enfermagem através da disciplina do Semi-internato em Enfermagem em Pediatria, no mês de dezembro de 2021 em um hospital referência em Pediatria em Belém do Pará. No primeiro contato com o caso, o pai se mostrou bastante inteirado e relatou que a origem da internação se deu em consequência de um choque entre joelhos em um jogo de futebol feminino, propiciando um quadro de febre e um agravamento em dois dias. Posteriormente, a criança permaneceu internada por dois meses na UTI, com alguns órgãos e durante este processo, a filha passou por vários procedimentos invasivos como a traqueostomia, inserção de dreno e outros. Diz ainda que formou uma infecção generalizada onde até o primeiro mês não tinham um diagnóstico fechado para sua filha. Das etapas do Processo de Enfermagem, foram escolhidos os principais Diagnósticos de Enfermagem, seguindo a taxonomia II do North American Nursing Diagnoses Association (NANDA). Resultados: Diante do relato, foram elencados os principais Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem: a)Risco de choque, evidenciado por fluxo sanguíneo inadequado para os tecidos do corpo que pode levar a disfunção celular com risco à vida, que pode comprometer a saúde, como intervenção temos: monitorar os sinais vitais, a pressão sanguínea ortostática, o estado mental e a eliminação urinária, posicionar o paciente para uma perfusão adequada e monitorar ECG conforme apropriado. b)Risco de infecção evidenciado por vulnerabilidade à invasão e multiplicação de organismos patogênicos que pode comprometer a saúde, como intervenção se temos: avaliar sinais flogísticos nos locais que tem dispositivos invasivos, monitorar sinais vitais e orientar sobre a ingesta hídrica. c)Deambulação prejudicada evidenciado por limitação do movimento independente de andar em um determinado ambiente, como intervenção tem-se: auxiliar na deambulação, orientar sobre sua importância e estimular a deambulação quando possível. d)Integridade da pele prejudicada evidenciado por epiderme e/ou derme alterada; como intervenção temos: estimular a mudança de posição, explicar sobre cuidados com a pele e orientar sobre a higiene corporal. e)Risco de queda evidenciado por suscetibilidade aumentada a quedas que pode causar dano físico e comprometer a saúde, como intervenção temos: levantar as grades do leito, colocar objetos pessoais ao alcance do paciente e proporcionar conforto. g)Risco de LPP evidenciado por vulnerabilidade a lesão localizada, em consequência de pressão ou pressão combinada com forças de cisalhamento e como intervenção temos: manter a mudança de decúbito, utilizar cremes de pele e utilizar colchões de casca de ovo, quando possível. Conclusão: É imprescindível o conhecimento teórico a cerca da septicemia e das intervenções que permitem a enfermagem a promover redução dos riscos relacionados a piora progressiva do quadro infeccioso e sua resposta exacerbada.