Apresentação:

A Leucoplasia Oral (LO) é uma condição na qual manchas ou lesões espessas e brancas aparecem no interior da boca, geralmente na gengiva ou nas bochechas e é causada pelo crescimento celular excessivo. As lesões podem variar na aparência, mas geralmente são brancas ou cinza e têm bordas grossas e elevadas e superfície dura. Geralmente aparecem na boca de fumantes ou usuários de tabaco mascável ou inalável, mas também podem ser um sintoma de dentaduras mal ajustadas ou um sinal de alguém que costuma morder a parte interna da bochecha.

Embora normalmente não seja perigosa (a maioria das manchas é considerada benigna), uma pequena porcentagem dos casos de LO apresenta sinais precoces de câncer de boca próximos das lesões. O Dentista deve estar atento ao surgimento desse tipo de lesão na boca, solicitar exames quando se fizerem necessários e o quanto antes iniciar o tratamento.

O trabalho tem por objetivo realizar um estudo abordando a atualização dos conceitos atuais sobre LO e as suas repercussões clínicas bem como sua evolução e a importância do acompanhamento pelo Cirurgião-Dentista do diagnóstico ao tratamento.

Desenvolvimento do trabalho:

Sua etiologia está relacionada, em muitos casos, a hábitos como tabagismo, e outras vezes é considerada idiopática. Sua ocorrência se dá principalmente em pacientes de meia idade, do sexo masculino. ressaltando que este fato provavelmente decorre da associação com o tabagismo, praticado com maior freqüência pelos homens, do que propriamente uma diferença sexual biológica.

O processo de diagnóstico da LO é um tanto complexo, não só pela diversidade de seu aspecto clínico, mas também pela ausência de sintomatologia, sendo geralmente descoberta em exames de rotina. Por isso, torna-se necessário fazer um diagnóstico por exclusão de outras lesões que se apresentam como placas brancas na mucosa bucal.

Resultados:

Conhecer a etiologia é fundamental. É reconhecido pela comunidade científica como sendo fatores etiológicos da Leucoplasia: o tabaco, o álcool, a radiação ultravioleta, a Candida e o HPV. Apesar de multifatorial, existe um consenso sobre o tabaco ser o principal fator envolvido com o surgimento da LO. Os autores afirmam que as LO’s são mais vistas em pacientes fumantes e a maioria delas desaparece ou regride já no primeiro ano após o paciente largar o hábito.

As características vistas na literatura baseiam-se no comportamento clínico das LO’s acompanhadas ao longo do tempo, mas deve- se considerar sempre que necessário fazer exame histopatológico.

Considerações finais:

Além da relação entre o aspecto clínico das leucoplasias bucais e suas características histopatológicas, outros dados como localização anatômica, idade e hábitos nocivos dos portadores também devem ser cuidadosamente avaliados na elaboração do diagnóstico e prognóstico destas lesões.

Assim, o cirurgião-dentista deve estar sempre preparado para detectar esta patologia por meio do exame clínico, bem como ser capaz de avaliar possíveis fatores relacionados, pois esta é uma lesão que pode se tornar cancerizável. Neste contexto, o profissional poderá contribuir para o diagnóstico precoce do câncer bucal e, por conseguinte, para o sucesso no seu tratamento.