Associação da Rede Unida, Encontro Sul 2019

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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TERRITORIALIZAÇÃO: POSSIBILITANDO ENCONTROS E VIVÊNCIAS ENTRE RESIDENTES E COMUNIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA
Giovana Maria Mourinho Ferreira, Luana Caroline Treuk da Silva, Vinicius Gabriel Araujo Celestrino, Ana Carolina Pereira dos Santos, Euler Bochniak Andrade, Renata Silva Rosa

Última alteração: 2019-08-02

Resumo


A territorialização se apresenta como uma importante ferramenta para o levantamento de informações acerca da história, cultura, relações e epidemiologia de determinado local. Enquanto residentes de uma equipe multiprofissional composta por cirurgião-dentista, enfermeira, fisioterapeuta, nutricionista, profissional de educação física e psicóloga o processo de inserção no território é fundamental para o planejamento e desenvolvimento de ações e estabelecimento de vínculo com a comunidade e usuários dos serviços de saúde. A experiência relatada tem a finalidade de trazer a maneira como o processo de territorialização contribuiu para a formação dos residentes e a compreensão do processo de trabalho na atenção básica e para o planejamento de ações enquanto residentes de um programa de residência da saúde da família. Houve observação dos espaços sociais, reconhecimento de território, visitas domiciliares e escuta ativa dos usuários e equipe de referência da unidade. Observou-se que o território é composto em grande parte por uma população jovem, de maioria feminina e que realiza trabalhos que exigem maior esforço físico, é marcado por vulnerabilidades sociais e econômicas, escassez de equipamentos sociais principalmente relacionados a lazer. Os encontros proporcionados pelo território possibilitaram ampliação das vivências dos residentes e identificação de potencialidades presentes na população e cultura local, assim como desenvolvimento de habilidades para lidar com realidades distintas. Compreendendo territorialização como um processo dinâmico, entende-se que é necessário um movimento constante de aproximação com as mudanças que ocorrem no território, já que este é vivo e construído não somente por demarcações geográficas, mas também a partir das relações humanas.