Este trabalho tem como objetivo relatara experiência de uma intervenção realizada com as crianças de uma comunidade em Londrina, onde a residência multiprofissional de saúde da famíliada Universidade Estadual de Londrina atua. A demanada surgiu a partir de um projeto social em que as crianças do bairro participam. Haviam padões comportamentais de exclusão e intolerância referênte a diferença entre colegas. Partindo desta situação os profissionais residentes apoiadores deste projeto social organizaram estratégias para abordar a temática de padrões sociais e estéticos pré-estabelecidos entre homens e mulheres, junto as crianças. Como método de trabalho foi definido de forma interprofissional a realização de duas atividades lúdicas com questões norteadoras para a discussão dos temas. A primeira atividade foi realizada com todas as crianças juntas e brinquedos foram expostos onde elas escolhiam se os brinquedos iam para o grupo de meninos ou de meninas, durante a brincadeira as mesmas relataram suas vivências e discutiam sobre temas como: o homem pode brincar com bonecas? Chorar? Abraçar? Apenas mulheres devem realizar trabalhos domésticos? Cozinhar? Passar? Os homens podem ajudar nas afazeres do dia-a-dia? As respostas foram surpreendentes e as mesmas mostraram-se bem politizadas a respeitos das perguntas. A segunda atividade foi realizada em dois grupos, uma cartolina foi entregue para cada equipe e a tarefa seria um grupo desenhar um menino e o outro uma menina, essa atividade teve como resultado discussões sobre padrões de beleza e diferenças estéticas levantando uma nova demanda onde o racismo mostrou-se bem enraizado nessa população. A ação teve resultados positivos e impactos relevantes na vivência dos envolvidos, como feedback da coordenadora do projeto as crianças passaram a brincar com os brinquedos sem distinção de sexo e a se aceitarem mais esteticamente, suavizando a demanda inicial.