Associação da Rede Unida, Iº Colóquio CISMEPAR

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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PROGRAMA PALIVIZUMABE AUXILIANDO NA REDUÇÃO DE AGRAVOS RESPIRATÓRIOS
Maria Fernanda Manoel Imazu, Debora Doria de Faria Zendrine, Michele Parosk, Rosa Fagundes

Última alteração: 2019-11-21

Resumo


O Programa Palivizumabe é uma iniciativa do Governo Federal criado para oferecer proteção a crianças contra o Vírus Sincial Respiratório. Segundo, a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 40 a 60% de todos os atendimentos ambulatoriais em pediatria na América Latina, são devido a infecções respiratórias agudas, sendo o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) um dos principais agentes etiológicos envolvidos nas infecções respiratórias agudas no primeiro ano de vida. O Programa Palivizumabe tem por objetivo, conferir imunidade a neonatos com problemas de saúde anteriores, como prematuridade, cardiopatias, imunodepressão e Doenças Pulmonares Crônicas (DPC), pois estes pacientes apresentam maior risco de desenvolvimento de doença grave pelo VSR, e de hospitalização. Desde 2014, o CISMEPAR participa do programa, sendo que em 2014 o atendimento foi realizado no Mãe Paranaense, de 2015 a 2017 no Hospital das Clínicas e Hospital Zona Sul devido a reforma do serviço, voltando para o Cismepar no ano de 2018. Já no ano de 2019, foi o primeiro ano como polo de atendimento contando com uma equipe do próprio serviço para realização dos atendimentos. Hoje o programa dispõe de uma equipe especializada composta por um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem capacitados para administração, que contam com o suporte da 17° regional de Saúde no que se refere a farmácia e a capacitação e atualização da equipe.  No decorrer dos 411 atendimentos realizados neste ano, a equipe pode ter a experiência da administração da medicação não diluída e da já diluída, sendo a primeira vez em 5 anos a aplicação da medicação já diluída. Com a mudança a equipe observou uma grande redução da espera do atendimento e também proporcionou maior segurança quanto a dose exata da medicação. Estudos tem demonstrado que a cada falha na tomada de alguma das doses de palivizumabe ocorre um aumento, em média, de 29% no risco de hospitalização por doença ou sintomatologia respiratória. Também, foi observado pela equipe que as crianças participantes, segundo o relato das mães, não apresentaram ou apresentaram uma diminuição do n° de agravos respiratórios. Assim, a equipe que participa do programa, fica a sensação de dever cumprido ao poder prestar um atendimento que apresenta um resultado efetivo e observado na prática.